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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Administração Pública: questão CESPE comentada


(CESPE/TRE-ES/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011)
O Estado do bem-estar, ao buscar o atendimento ao cidadão-cliente pela gestão pública, preconiza a intervenção estatal como mecanismo de mercado válido para proteger determinados grupos.
Assunto: As políticas públicas no Estado brasileiro contemporâneo.
Comentário:
Nessa questão eu entrei com recurso. Vejamos:
A questão recorrida – gabarito: Correto - afirma que o “Estado de bem-estar, ao buscar o atendimento ao cidadão-cliente pela gestão pública, preconiza a intervenção estatal como mecanismo de mercado válido para proteger determinados grupos”.
À luz da literatura sobre o chamado Estado do bem-estar social (welfare state) é inviável sustentar que a referida intervenção do Estado é um mecanismo de mercado como propõe a questão. Segundo ESPINGANDERSEN, “welfare state não pode ser compreendido apenas em termos de direitos e garantias. Também precisamos considerar de que forma as atividades estatais se entrelaçam com o papel do mercado e da família em termos de provisão social”. Verificamos com tal afirmativa que o autor sustenta a tese de entrelaçamento entre as ações do mercado e do Estado e não de que a intervenção deste último seja preconizada como um mecanismo de mercado.
Além do que já fora exposto, podemos indagar: de qual Estado a questão está fazendo referência?
Tal pergunta se faz necessária na medida em que JOSÉ LUIS FIORIargumenta no sentido da  existência de uma variedade de modelos de intervenção estatal no Estado de bem-estar:
Já não cabe a menor dúvida, por exemplo, de que o modelo norteamericano tem muito pouco a ver com o modelo nórdico, e este com o da Europa continental, e de todos eles com o Japão. Para não falar de sua diferença com o welfare que foi sendo construído em algumas periferias capitalistas, em particular no caso latino-americano.
O mesmo JOSÉ LUIS FIORI arremata:
ESPING-ANDERSEN (1991), propôs uma nova nomenclatura para uma tipologia do que agora chamou de "regimes de welfare states" que ao fim e ao cabo não se distingue muito no essencial da que já havia sido proposta por Titmus.  Também ele fala de três grandes grupos, ainda quando destaque como seus critérios essenciais de  diferenciação dos "regimes", a qualidade dos direitos sociais, o grau em que o sistema promove ou reproduz a estratificação social e a forma em que se relacionam em cada um dos casos, o Estado, o mercado e as famílias:
i.  O "welfare state liberal", "em que predominam a assistência aos comprovadamente pobres, reduzidas transferências universais ou planos modestos de previdência social e onde as regras para habilitação aos benefícios são estritas e muitas vezes associadas ao estigma". São seus exemplos típicos: Estados Unidos, Canadá e Austrália;
ii.  Os "welfare states conservadores e fortemente corporativistas", onde "predomina a preservação das diferenças de status; os direitos, portanto, aparecem ligados à classe e aos status... e a ênfase estatal na manutenção das diferenças de status significa que seu impacto em termos de redistribuição é desprezível. Incluem-se aqui, como casos típicos, Áustria, França, Alemanha e Itália;
iii.  Os "regimes social-democratas", onde o universalismo e a desmercantilização atingem amplamente a classe média e "onde todos os segmentos sociais são incorporados a um sistema universal de seguros no qual todos são simultaneamente beneficiários, dependentes e, em princípio, pagadores" (KORNIS, 1994). Não cabe dúvidas de que EspingAndersen está falando aqui de um número limitadíssimo de países escandinavos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ESPING-ANDERSEN, G. , "As Três Economias Políticas do Welfare   State", in: Revista Lua Nova, nº 24, setembro, 1991.
2. FIORI, José Luis. Estado do Bem-Estar Social: padrões e crises. In: Estudos Avançados, USP.
Gabarito: Certa

terça-feira, 26 de junho de 2012

TRE-RJ: mudanças no conteúdo programático

Salve, salve, concurseiros,

Embora, ainda, não estejam disponíveis no site do CESPE, tivemos mudanças signficativas no conteúdo programático para os cargos de Analista e Técnico Judiciário, consoante publicação no Diário da Justiça Eletrônico, nº118,  de 26/06/2012. Vejam:

EDITAL Nº 03/2012
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
CONCURSO PÚBLICO PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS E FORMAÇÃO DE CADASTRO RESERVA
NOS CARGOS DE ANALISTA JUDICIÁRIO E DE TÉCNICO JUDICIÁRIO
EDITAL Nº 3 – TRE/RJ, DE 25 DE JUNHO DE 2012
O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro torna pública a inclusão de conteúdos nos
conhecimentos específicos para o Cargo 1: Analista Judiciário – Área: Administrativa, para o Cargo 7:
Analista Judiciário – Área: Judiciária e para o Cargo 8: Técnico Judiciário – Área: Administrativa, constantes
dos subitens 13.2.1.2 e 13.2.1.3, do Edital nº 1 – TRE/RJ, de 14 de junho de 2012, publicado no Diário
Oficial da União, conforme a seguir especificado.
(...)
13.2.1.2 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O CARGO DE ANALISTA JUDICIÁRIO
.
CARGO 1: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: ADMINISTRATIVA
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
(...)

CARGO 7: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: JUDICIÁRIAREGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO DE JANEIRO
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: 1 Estruturação da máquina administrativa no Brasil desde
1930; dimensões estruturais e culturais. 2 Estrutura e estratégia organizacional. 3 Cultura organizacional. 4
Administração pública: do modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático. 5 Empreendedorismo
governamental e novas lideranças no setor público. 6 Convergências e diferenças entre a gestão pública e a
gestão privada. 7 Excelência nos serviços públicos. 8 O paradigma do cliente na gestão pública. 9 Gestão
estratégica.
(...)
13.2.1.3 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA OS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO
CARGO 8: TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA: ADMINISTRATIVA
NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS: 1 Ética no serviço público. 1.1 Código
de ética profissional do servidor público civil do poder executivo federal (Decreto n.º 1.171/1994). 1.2
Comportamento profissional. 1.2.1 Atitudes no serviço. 1.2.2 Organização do trabalho. 1.2.3 Prioridade em
serviço. 2 Regime jurídico dos servidores públicos civis da união (Lei n.º 8.112/1990 e suas alterações). 2.1
Provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição. 2.2 Direitos e vantagens. 2.3 Regime
disciplinar. 2.3.1 Deveres, proibições, acumulação, responsabilidades, penalidades. 2.3.2 Processo
administrativo disciplinar. 3 Regimento Interno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro.
(...)
DESEMBARGADOR LUIZ ZVEITER
Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro

terça-feira, 19 de junho de 2012

Políticas Públicas: questão comentada da prova da CGU 2012


(ESAF/CGU/AFC-AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO/2012)
Entre as intervenções no âmbito das políticas públicas que são adotadas pelos governos para compensar as falhas de mercado, podemos citar as seguintes:
1. Ações voltadas para compensar o nível limitado de competição em decorrência dos efeitos causados por economias de escala;
2. Mecanismos voltados para incentivar a revelação sincera das preferências em relação à provisão de bens públicos;
3. Incentivos para que os indivíduos invistam menos em bens cujos custos são privados e os benefícios são públicos;
4. Estímulos à seleção adversa em contextos de competição perfeita.
É correto o que se afirma em:
a) 1, 2, 3, 4.
b) 1, 4.
c) 1, 2.
d) 2, 3.
e) 3, 4.
Assunto: Políticas públicas no contexto de falhas de mercado e no contexto de falhas de governo
Comentário:
Falhas de mercados são circunstâncias que ocorrem quando o mercado, sem regulação do Estado, é deficiente em determinados pontos. Tais circunstâncias1 são representadas por: a) existência de bens públicos; b) falha de competição que se reflete na existência de monopólios naturais; c) as externalidades; d) os mercados incompletos; e) as falhas de informação; f) ocorrência de desemprego e inflação.
a) Certa. A opção está atrelada à “falha de competição que se reflete na existência de monopólios naturais”. Assim, para tentar corrigir essa falha, o governo promove “ações voltadas para compensar o nível limitado de competição em decorrência dos efeitos causados por economias de escala”.
b) Certa. Opção interessante, trata do chamado “carona” na utilização de bens públicos. Essa assertiva está atrelada na existência de bens públicos como uma falha de mercado. Tal falha pode ser explicada na medida em que “os bens1 públicos são aqueles cujo consumo/uso é indivisível ou não rival. Em outras palavras, o seu consumo por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o consumo do mesmo bem pelos demais integrantes da sociedade”. Exemplo: utilização de um clube esportivo público, segurança pública etc. “A questão1 que se coloca para a sociedade é, justamente, como ratear os custos da produção dos bens públicos entre a população, tendo em vista que é impossível determinar o efetivo benefício que cada indivíduo derivará do seu consumo que, muitas vezes, sequer é voluntário. (...) Além disso, o fato de não se poder individualizar o consumo permite que algumas pessoas – os “caronas” – possam agir de má fé, alegando que não querem ou não precisam ter acesso ao consumo e desta forma, negando-se a pagar por ele, ainda que acabem usufruindo do benefício do bem público”.
Assim, o que se coloca nessa opção é o fato de o Estado buscar mecanismos voltados para incentivar a revelação sincera das preferências em relação à provisão de bens públicos.
c) Errada. O governo deve voltar-se mais aos incentivos para que os indivíduos invistam MAIS em bens cujos custos são privados e os benefícios são públicos.
d) Errada. O problema2 de seleção adversa ocorre quando uma das partes envolvidas numa transação sabe coisas referentes à transação que são relevantes, mas desconhecidas para a segunda parte. Para Mishkin3 seleção adversa é um problema de informação assimétrica que ocorre antes de uma transação ocorrer. Maus tomadores na verdade são os que mais procuram por empréstimos. Desse modo, seria totalmente descabido, em um sonhado mundo de competição perfeita, que o governo fomentasse a seleção adversa.
Referência:
1. GIAMBIAGI, Fábio; ALÈM, Ana Cláudia. Finanças Públicas: teoria e prática no Brasil. Ed. Campus, 2000.
2. KREPS, David. A course of microeconomics theory. New York: Harvester Wheatsheaf, 1994.
3. MISHKIN, Frederic S. Moedas, Bancos e Mercados Financeiros. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
GABARITO: C

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Questão comentada de Administração Pública (FCC)


(FCC/ISS-SP/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUN./2007)
Do ponto de vista do servidor público, a Administração Gerencial prioriza:

a) o fortalecimento das carreiras formalmente estabelecidas, com garantia de ascensão por tempo de serviço e manutenção de mecanismos de estabilidade.
b) o recrutamento por concurso público, para carreiras eminentemente técnicas, e por métodos de seleção diferenciados, para profissionais que ocupem funções de liderança, instituição de técnicas de motivação, treinamento e capacitação.
c) o recrutamento e a promoção por avaliação de desempenho, focada em sistema de controle de resultados aliado à autonomia dos servidores.
d) o abandono de modelos clássicos de carreira, estruturada em níveis e com promoção por mérito e antiguidade, por evolução funcional horizontal, com acréscimos salariais decorrentes de participação nos resultados e gratificações por funções.
e) a remuneração por desempenho, a constante capacitação, o sistema de promoção por mérito em carreiras estruturadas e a autonomia dos executores.
Assunto: Modelos de Gestão Pública - Patrimonialismo, Burocracia e Gerencialismo
Comentário:
Mais uma questão inspirada no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), cujo trecho mais significante em relação à questão em tela vale ser citado:
“Esta dimensão diz respeito a um elemento central da técnica administrativa de como fazer, com que métodos, de que modo, sob orientação de quais valores. A boa gestão é aquela que define objetivos com clareza, recruta os melhores elementos através de concursos e processos seletivos públicos, treina permanentemente os funcionários, desenvolve sistemas de motivação não apenas de caráter material mas também de caráter psicossocial, dá autonomia aos executores e, afinal, cobra os resultados.”.
Tendo o trecho acima como escopo e considerando as demais perspectivas do PDRAE podemos analisar as opções da seguinte forma:
a) Errada. Essa é uma característica típica da Administração Pública Burocrática e não da Gerencial. Vejamos o que diz o PDRAE: “O mecanismo por excelência de motivação, na administração pública burocrática, é o da promoção por mérito em carreiras formalmente estabelecidas. Através desse mecanismo, em que o tempo, além dos cursos, a avaliação de desempenho e os exames são essenciais, o administrador ascende lentamente na sua profissão”.
b) Errada. A Administração Gerencial preconiza, segundo o PDRAE, “o recrutamento de pessoal por meio de concursos e processos seletivos públicos anuais para pequenos contingentes, caracterizando, desta forma, um processo permanente de atualização dos quadros do aparelho do Estado”. Além disso, o plano fala na possibilidade de processo seletivo diferenciado para empregados públicos (regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT) que são, notadamente, aqueles empregados vinculados às empresas públicas e às sociedades de economia mista. No entanto, ressalte-se o plano não explica que tipo de processo seletivo diferenciado poderia ser realizado.
c) Errada. O recrutamento é por concurso público. No que tange à avaliação de desempenho a questão está correta.
d) Errada. Totalmente absurda. Não há na literatura nenhuma referência a tais características da Administração Gerencial.
e) Certa. Vamos correlacionar cada uma das afirmações enumeradas na questão às colocações do PDRAE:
REMUNERAÇÃO POR DESEMPENHO – “A segunda motivação é a da profissionalização do serviço público, não apenas através de concursos e processos seletivos públicos, mas principalmente através de um sistema de promoções na carreira em função do mérito acompanhadas por remuneração correspondentemente maior”.
CONSTANTE CAPACITAÇÃO – “À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada”.
SISTEMA DE PROMOÇÃO POR MÉRITO EM CARREIRAS ESTRUTURADAS – “Consideram-se carreiras estruturadas apenas a Diplomacia, o Magistério e as dos Militares. São aquelas que possuem uma amplitude entre o piso e o teto salarial (entre a menor e a maior remuneração) que estimula o servidor a buscar a ascensão funcional e possibilita a prática de políticas de promoção baseadas em avaliações de desempenho”.
AUTONOMIA DOS EXECUTORES – “Na administração pública gerencial a estratégia volta-se (...) para a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados”.
GABARITO: E

sábado, 12 de maio de 2012

NOVIDADE INCRÍVEL!!!

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Gestão de Pessoas para TCE-RJ

Avaliar desempenho é uma tarefa diária na vida de todos nós. No momento em que você está lendo minhas aulas certamente você está avaliando meu desempenho. Quando você comprar um carro novo, após ser aprovado no concurso, você vai avaliar o desempenho do mesmo. Caso o seu carro seja flex você avaliará se o melhor é utilizar álcool ou gasolina. Enfim, a avaliação de desempenho é uma constante na vida de todos nós. E as organizações?! Também avaliam desempenho?!
A avaliação de desempenho (Gerenciamento de Desempenho) é uma das atividades imprescindíveis em todas as organizações. Parte-se da avaliação de cada colaborador, passando pela avaliação de setores até a alcançar a organização como um todo.
Inicialmente a avaliação de desempenho nas organizações tinha por objetivo tão somente premiar os bons funcionários e punir os maus. E mais: normalmente a premiação era através de dinheiro e a punição através da demissão. Essa é uma visão que está se tornando ultrapassada. A avaliação de desempenho tem objetivos muito maiores, como o de potencializar as competências dos funcionários.
Desse modo, percebe-se que o papel de um sistema de avaliação de desempenho vai muito além de “punir os piores” ou “premiar os melhores”. Ou – melhor dizendo – seu papel passa longe disso. O objetivo de um sistema de avaliação de desempenho é mudar positivamente a cultura organizacional, tornando-a mais transparente, dinâmica e alinhada. A ideia não é punir os que não estão trabalhando direito, mas sim ajuda-los a perceber e superar problemas. (Pearson Education)
Nessa esteira, cabe ressaltar que o processo de avaliação de desempenho está caminhando lado a lado com a gestão de competências, tendo em vista que cada colaborador tem um potencial diferente, inclusive há a avaliação de desempenho por competências que veremos mais adiante.
O desempenho humano na organização é extremamente contingencial. Varia de pessoa para pessoa. E de situação, pois depende de inúmeros fatores condicionantes que o influenciam poderosamente. (Idalberto Chiavenato) 
Assim, 2a avaliação de desempenho não é nenhuma novidade no mundo corporativo. Na verdade, aqueles antigos estudos dos tempos e movimentos realizados por Taylor, pelo casal Gilbreth e outros com o objetivo de estabelecer um “tempo padrão” para a realização das atividades já eram uma forma primitiva de avaliar o desempenho. Afinal, o tempo real que cada operário levava para realizar aquela tarefa contrastado com o “tempo padrão” e, assim, determinava-se se ele estava acima ou abaixo da média (e, por isso, ganharia bônus) ou abaixo dela (e, nesse caso, deveria ser retreinado ou demitido).
(CESGRANRIO/PETROBRÁS/ADMINISTRADOR JR./2005)
Sobre a avaliação de desempenho numa organização, analise as afirmações abaixo.
I - A avaliação de desempenho formal tem a vantagem de eliminar o caráter subjetivo característico da avaliação informal.
II - A avaliação com foco voltado para o passado promove a exploração de potenciais e capacidades existentes.
III - Identificar necessidades de treinamento é uma das vantagens da avaliação formal.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II e III, apenas. 
Comentário:
I. ERRADA. Temos dois grandes tipos de avaliação: a formal, que está estabelecida formalmente entre as atividades da empresa e a informal, que é realizada, normalmente, pela chefia imediata no dia a dia das atividades. Uma avaliação forma pode ajudar a eliminar a subjetividade (juízo de valor), mas não é garantia de que vai eliminar.
II. ERRADA. A avaliação com foco no FUTURO é que promove a exploração de potencialidades e capacidades.
III. CERTA. Perfeita!
Gabarito: C
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Parte integrante do curso GESTÃO DE PESSOAS para o TCE-RJ, disponível em:.

sábado, 31 de março de 2012

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PARA PETROBRÁS

ADMINISTRAÇÃO p/ TÉCNICO DE ADM. E CONTROLE JR.
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AULA DEMONSTRATIVA GRATUITA.
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http://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/609/administracao---conhec-espec-p-tecnico-em-administracao-e-controle-jr-da-petrobras.html

sexta-feira, 30 de março de 2012

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - QUESTÃO COMENTADA - ESAF

(ESAF/MPOG/Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental/2009)
Em nosso país, o processo que permeia a formação do Estado nacional e da administração pública se revela pelas seguintes constatações, exceto:
a) a administração colonial se caracterizou pela centralização, formalismo e morosidade, decorrentes, em grande parte, do vazio de autoridade no imenso território.
b) a partir da administração pombalina, pouco a pouco, o empirismo paternalista do absolutismo tradicional foi sendo substituído pelo racionalismo típico do despotismo esclarecido.
c) a transferência da corte portuguesa, em 1808, e a consequente elevação do Brasil a parte integrante do Reino Unido de Portugal constituíram as bases do Estado nacional, com todo o aparato necessário à afirmação da soberania e ao funcionamento do autogoverno.
d) a partir da Revolução de 1930, o Brasil passou a empreender um continuado processo de modernização das estruturas e processos do aparelho do Estado.
e) a República Velha, ao promover grandes alterações na estrutura do governo, lançou a economia rumo à industrialização e a administração pública rumo à burocracia weberiana.
Comentário:
Questão retirada do artigo: “Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de Administração Pública; 200 anos de reformas”, do Prof. Frederico Lustosa da Costa. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rap/v42n5/a03v42n5.pdf
a) Certa. A síntese histórica de Caio Prado Júnior, retomada por Arno e Maria José Wehling (1999), aponta como principais características da administração colonial — a centralização, a ausência de diferenciação (de funções), o mimetismo, a profusão e minudência das normas, o formalismo e a morosidade. Essas disfunções decorrem, em grande medida, da transplantação para a colônia das instituições existentes na metrópole e do vazio de autoridade (e de obediência) no imenso território, constituindo um organismo autoritário, complexo, frágil e ineficaz.
b) Certa. Isso não quer dizer que não tenha havido um processo de gradual racionalização do governo colonial ao longo de três séculos. A partir da administração pombalina, pouco a pouco, o empirismo paternalista do absolutismo tradicional foi sendo substituído pelo racionalismo típico do despotismo esclarecido. Essa mudança se expressava principalmente nos métodos e processos de trabalho que davam lugar à emergência de uma burocracia.
c) Certa. O fato é que a transferência da corte e mais tarde a elevação do Brasil a parte integrante do Reino Unido de Portugal constituíram as bases do Estado nacional, com todo o aparato necessário à afirmação da soberania e ao funcionamento do autogoverno. A elevação à condição de corte de um império transcontinental fez da nova administração brasileira, agora devidamente aparelhada, a expressão do poder de um Estado nacional que jamais poderia voltar a constituir-se em mera subsidiária de uma metrópole de além-mar
d) Certa. De fato, a partir desse marco e durante a maior parte do século XX, o Brasil empreendeu um continuado processo de modernização das estruturas e processos do aparelho de Estado. Como resposta a transformações econômicas e sociais de largo alcance, esse esforço se desenvolveu ora de forma assistemática, pelo surgimento de agências governamentais que se pretendia fossem ilhas de excelência com efeitos multiplicadores sobre as demais, ora de forma mais orgânica, por meio das reformas realizadas no governo federal, em 1938, 1967 e a partir de 1995.
A chamada “Revolução de 1930” representou muito mais do que a tomada do poder por novos grupos oligárquicos, com o enfraquecimento das elites agrárias. Significou, na verdade, a passagem do Brasil agrário para o Brasil industrial. Para compreender essa transformação e a emergência do modelo de crescimento que presidiu o desenvolvimento nacional no século XX, é preciso entender como se dava a inserção do país na economia internacional e como o Brasil viveu a Grande Depressão.
e) Errada. A República Velha (1889-1930) não teve o condão de promover grandes alterações na estrutura do governo. Tal falto só ocorreu a partir da segunda metade da década de 30, no governo Vargas (Estado Novo). Vejamos o que diz Lustosa:
Nesse período, não houve grandes alterações na conformação do Estado nem na estrutura do governo. Desde a proclamação da República, a principal mudança no Poder Executivo foi a criação dos ministérios da Instrução Pública, de brevíssima existência; da Viação e Obras Públicas; e da Agricultura, Indústria e Comércio, cujos nomes sofreram pequenas modificações. Do ponto de vista da federação, houve uma ligeira redução na capacidade legislativa dos estados, que perderam o poder de legislar sobre determinadas matérias.
Gabarito: E

quarta-feira, 21 de março de 2012

Administração Pública para ISS-SP: algumas considerações e recurso

PROFESSOR WAGNER RABELLO
Administração Pública para ISS-SP: algumas considerações e recurso
(Caderno de Prova A01, Tipo 001)
Confesso que fiquei um tanto quanto surpreso com essa prova. A FCC, que em Administração Pública não tinha essa característica, passou a copiar e colar artigos (de alto nível, diga-se de passagem), do mesmo modo que a ESAF, para elaborar questões. Ressalto, por exemplo, que a questão sobre governança foi extraída do mesmo texto em que a ESAF extraiu a sua questão sobre o mesmo tema no concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal de 2009/2010.
Particularmente, penso eu, é um complicador essa estratégia da banca de copiar e colar artigos científicos, tendo em vista que muitas vezes o autor, em que pese a sua qualidade, tem um posicionamento isolado sobre determinado assunto e com isso, quem não leu os textos (e como vamos adivinhar quais artigos cairão entre centenas de bons textos existentes?!?!?!) dificilmente consegue acertar a questão. É por conta disso que, em minhas aulas, venho citando cada vez mais trechos dos grandes clássicos da Administração Pública que estão se tornando lugar comum em provas.
Bem, vamos analisar as questões da prova. Ressalto desde logo que CABE RECURSO NA QUESTÃO 3.

Questão 1:
Bela questão.
I. Errada. Não houve completa ruptura com o modelo burocrático. Falei isso diversas vezes em meus cursos. Trata-se de uma pegadinha freqüente. Vejamos o que diz o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado:
Como já vimos, existem ainda hoje duas formas de administração pública relevantes: a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA e a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL. A primeira, embora sofrendo do excesso de formalismo e da ênfase no controle dos processos, tem como vantagens a segurança e a efetividade das decisões. Já a administração pública gerencial caracteriza-se fundamentalmente pela eficiência dos serviços prestados a milhares senão milhões de cidadãos.
Nestes termos, no núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões tomadas e o princípio administrativo fundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas, é mais adequado que haja um misto de administração pública burocrática e gerencial.
II. Correta. Percebam que essa opção sustenta que ainda há espaço para o modelo burocrático.
III. Errada. A centralização não é uma característica, ao contrário, a DESCENTRALIZAÇÃO é uma característica. Os fluxos de informações devem ser verticais, horizontais e diagonais.
IV. Correta. Resolução de problemas = foco nos resultados.
V. Errada. Personalismo está ligado ao patrimonialismo.

Questão 2:
Questão extraída e adaptada do texto: “As reformas administrativas no Brasil: modelos, sucessos e fracassos”, de Olavo Brasil de Lima Junior.
Em uma cuidadosa interpretação do Decreto-lei No.  200, Warlich, para além das mudanças organizacionais (como, por exemplo, a criação da Subsecretaria de Modernização e Reforma Administrativa), identifica cinco princípios norteadores da reforma:
1. planejamento, descentralização, delegação de autoridade, coordenação e controle;
2. expansão das empresas estatais, de órgãos independentes (fundações) e semi-independentes (autarquias);
3. fortalecimento e expansão do sistema de mérito;
4. diretrizes gerais para um novo plano de classificação de cargos;
5. reagrupamento de departamentos, divisões e serviços em 16 ministérios (Warlich, 1984: 52)
Disponível em:


Questão 3:
ESSA CABE RECURSO. Segundo o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) a Administração Pública Burocrática, apesar dos problemas, não estava superada e deveria coexistir, como coexiste até hoje, junto ao modelo de Administração Pública Gerencial. A própria prova, na questão 1, opção II, sustenta a tese que ora defendemos. Além disso, vale citar o PDRAE:
Como já vimos, existem ainda hoje duas formas de administração pública relevantes: a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA e a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL. A primeira, embora sofrendo do excesso de formalismo e da ênfase no controle dos processos, tem como vantagens a segurança e a efetividade das decisões. Já a administração pública gerencial caracteriza-se fundamentalmente pela eficiência dos serviços prestados a milhares senão milhões de cidadãos.
Nestes termos, no núcleo estratégico, em que o essencial é a correção das decisões tomadas e o princípio administrativo fundamental é o da efetividade, entendido como a capacidade de ver obedecidas e implementadas com segurança as decisões tomadas, é mais adequado que haja um misto de administração pública burocrática e gerencial.


Questão 4:
Questão extraída do texto:
“DESENVOLVENDO A CULTURA EMPREENDEDORA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PANACÉIA, UTOPIA OU REALIDADE?”,  de Caio Marini
Outro exemplo mais recente da tentativa de incorporar o empreendedorismo na administração pública norte-americana pode ser encontrado no relatório do General Accountability Office (GAO), agência que trabalha para o Congresso realizando estudos sobre programas e gastos do governo federal. O referido relatório propõe nove práticas-chave para a criação de uma cultura empreendedora11:
·         alinhar as expectativas de desempenho individuais com os objetivos organizacionais;


Questão 5:
Questão extraída do texto: “O que é governança”, do prof. Alcindo Gonçalves.
Trechos do artigo:
Para Rosenau, “governança é um fenômeno mais amplo que governo; abrange as instituições governamentais, mas implica também mecanismos informais, de caráter não-governamental, que fazem com que as pessoas e as organizações dentro da sua área de atuação tenham uma conduta determinada, satisfaçam suas necessidades e respondam às suas demandas” (Ibid., p. 15-16).
...
Dessa forma, a governança referese a “padrões de articulação e cooperação entre atores sociais e políticos e arranjos institucionais que coordenam e regulam transações dentro e através das fronteiras do sistema econômico”, incluindo-se aí “não apenas os mecanismos tradicionais de agregação e articulação de interesses, tais como os partidos políticos e grupos de pressão, como também redes sociais informais (de fornecedores, famílias, gerentes), hierarquias e associações de diversos tipos”. (Santos, 1997, p. 342). Ou seja, enquanto a governabilidade tem uma dimensão essencialmente estatal, vinculada ao sistema político-institucional, a governança opera num plano mais amplo, englobando a sociedade como um todo.
...
A governabilidade refere-se mais à dimensão estatal do exercício do poder. Diz respeito às “condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações entre os Poderes, o sistema de intermediação de interesses” (Santos, 1997, p. 342).
...
Se observadas as três dimensões envolvidas no conceito de governabilidade apresentadas por Diniz (1995, p. 394): capacidade do governo para identificar problemas críticos e formular políticas adequadas ao seu enfrentamento; capacidade governamental de mobilizar os meios e recursos necessários à execução dessas políticas, bem como à sua implementação; e capacidade liderança do Estado sem a qual as decisões tornam-se inócuas, ficam claros dois aspectos: a) governabilidade está situada no plano do Estado; b) representa um conjunto de atributos essencial ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder será exercido;
Disponível em:
Cabe ressaltar que o prof. Alcindo Gonçalves tem algumas posições isoladas, como o fato de construir a tese de que o conceito de Governança é mais amplo que o de Governabilidade.

Questão 6:
Constituição da República Federativa do Brasil.
Art. 70.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pela qual a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.


Questão 7:
Artigo: “Criação e gestão de redes: uma estratégia competitiva para empresas e regiões”, de Gláucia Maria Vasconcellos Vale; Robson Amâncio e Juvêncio Braga de Lima.

REDES ORGANIZACIONAIS COMO ESPAÇOS DE
INTERAÇÃO E GERAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL
A criação e a gestão de redes organizacionais pressupõem a necessidade de interação entre seus membros e a habilidade de construção coletiva. Para isso, é fundamental a confiança mútua, que caracteriza a presença de capital social. Procura-se, aqui, realizar uma breve apresentação desse conceito e do sentido de redes no contexto organizacional, para, em seguida, identificar os diferentes tipos de inserção de organizações em redes, caracterizando distintos modelos, a partir de exemplos extraídos da realidade nacional.


Questão 8:
Questão inspirada nos padrões de interoperabilidade do Governo Eletrônico. Disponível em:


Questão 9:
Princípio da autotutela.


Questão 10:
Teoria dos motivos determinantes.